Como elaborar um plano económico-financeiro para o seu empreendimento (I)
Uma vez definida a ideia e o plano de negócios, é necessário projectá-la a médio e longo prazo e analisar a sua viabilidade. Isto ajudar-nos-á a estabelecer metas razoáveis e a tomar decisões baseadas em dados objectivos, em números. Se não o fizermos, podemos tomar decisões emocionais que são contraproducentes a curto e médio prazo.
Para isso, é necessário elaborar um plano económico-financeiro para avaliar o potencial económico do projeto. Decidimos se vamos optar por cenários optimistas ou conservadores e podemos ajustar as previsões até nos sentirmos confortáveis, sem perder a perspetiva realista.
Além disso, é essencial conhecer antecipadamente a rentabilidade potencial do projeto e conhecer as necessidades financeiras que teremos de cobrir. Isto permite-nos também conhecer as vendas necessárias que teremos de gerar para cobrir todas as despesas e começar a obter lucros.
E como é que isso é feito? Quais são os pontos?
Em função dos nossos conhecimentos contabilísticos, podemos elaborar um plano mais ou menos pormenorizado. No entanto, há 2 elementos que não podem faltar: o plano de investimento e de financiamento e uma estimativa da conta de ganhos e perdas para os primeiros anos.
Vejamos cada uma delas em pormenor:
Plano de investimento e de financiamento
Muitas pessoas confundem investimento com despesa. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que por investimento entendemos os montantes para os quais se espera um retorno no futuro, enquanto a despesa é a simples utilização do bem ou serviço em troca de uma contrapartida.
Com o investimento inicial, podemos conhecer os activos da empresa, ou seja, os bens e direitos para iniciar a atividade económica. Podemos classificá-lo da seguinte forma:
Depois de definir os investimentos, temos de dispor dos fundos que nos permitirão adquiri-los. Podemos recorrer a diferentes fontes de financiamento:
Embora a principal fonte de financiamento seja sempre os 3 F's (Friends, Family and Fools), não devemos excluir outros canais como o crowdfunding, o leasing ou mesmo o recurso à banca.
2. Demonstração de resultados (lucros e perdas)
A demonstração de resultados informa-nos sobre os resultados potenciais obtidos durante os primeiros exercícios financeiros, gerados pelas receitas e despesas que podem ser efectuadas durante esse período. É um elemento essencial do plano.
Existem 2 cenários possíveis: obter um lucro ou uma perda. Podemos calcular o resultado da seguinte forma:
É normal que haja perdas nas fases iniciais de um projeto, pelo que os investimentos devem ter isso em conta.
Além disso, devemos monitorizar o cumprimento do plano e os seus desvios. Por exemplo, se não tivermos em conta uma despesa importante ou se o rendimento for superior ao previsto (o que nos pode obrigar a aumentar algumas despesas), o plano pode desviar-se. Os desvios nem sempre são maus e ajudam-nos a colocar o nosso projeto de novo no caminho certo.
Para além destas contas, podemos utilizar outros instrumentos ou métodos para calcular a sua rentabilidade, por exemplo, o ponto de equilíbrio, que nos permite saber em que ponto os custos totais igualam as receitas totais, para podermos determinar quantas vendas temos de gerar para obter lucro.
A partir destes cálculos, podemos analisar e determinar se o nosso negócio é potencialmente rentável e decidir lançar e empreender o projeto.
Não esquecer! O plano deve ser tão realista e exequível quanto possível, para que não haja grandes surpresas no futuro.
Saiba mais sobre Yan Ye, back office no MuttuLab, autor deste artigo.
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